
Modo Adulto do ChatGPT Chega em 2026 com Menos Restrições
A OpenAI confirmou: um “Modo Adulto” com verificação de idade chegará ao ChatGPT no início de 2026. Tópicos maduros e liberdade estão a caminho.
Geoffrey Hinton, o “padrinho da IA”, adverte que a tecnologia aumentará drasticamente a desigualdade, enriquecendo poucos e empobrecendo muitos.
Quando um dos arquitetos fundamentais da inteligência artificial moderna, Geoffrey Hinton, decide soar o alarme, suas palavras carregam um peso imenso. Conhecido como o “Padrinho da IA” por seu trabalho pioneiro com redes neurais, Hinton deixou seu cargo no Google para poder falar livremente sobre os perigos da tecnologia que ajudou a criar. Seu principal alerta não é sobre robôs exterminadores, mas sobre uma ameaça mais imediata e real: a catástrofe econômica.
Segundo Hinton, a IA está a caminho de causar desemprego em massa, ao mesmo tempo que faz os lucros das grandes corporações dispararem, criando uma sociedade dramaticamente mais desigual.
O ponto crucial do argumento de Hinton é que a IA, por si só, não é inerentemente má. O problema reside no sistema capitalista atual, que permite que os ganhos de produtividade gerados pela automação sejam concentrados nas mãos de pouquíssimos acionistas e executivos, em vez de serem compartilhados com a sociedade.
“Isso tornará algumas pessoas muito mais ricas e a maioria das pessoas mais pobres”, afirmou Hinton. A automação de tarefas cognitivas, desde a redação de relatórios até o atendimento ao cliente, irá erodir uma vasta gama de empregos de classe média, deixando muitos sem uma fonte de renda viável, enquanto as empresas que detêm a tecnologia verão seus lucros atingirem níveis nunca antes vistos.
Diante desse cenário sombrio, Hinton aponta para a necessidade de repensarmos fundamentalmente nosso contrato social. Ele menciona ideias como a Renda Básica Universal (RBU) como uma possível rede de segurança. A RBU é um sistema no qual todos os cidadãos recebem um pagamento regular e incondicional do governo, garantindo um piso de dignidade e poder de compra, independentemente de estarem empregados ou não.
A lógica é que a imensa riqueza gerada pela IA deveria ser taxada e redistribuída para sustentar a população que a própria tecnologia deslocou. Essa não é mais uma ideia de franja, mas uma solução séria considerada por economistas e tecnólogos que encaram o futuro do trabalho.
A advertência de Hinton é um chamado à ação. A trajetória da IA não é uma fatalidade tecnológica, mas o resultado de escolhas sociais e políticas. Temos a oportunidade de decidir agora como os frutos desta revolução serão colhidos: se por uma pequena elite no topo ou por toda a humanidade.
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